Trilhas Sonoras: entre o mundo encantado e a vida real

1-Função da Música num Filme: 1.1-Contando a história do ponto de vista auditivo. 1.2-Deve a música de um filme ser ouvida? 1.3-Música ilustrativa x Música que interage com a imagem. 1.4 O poder associativo da música. Contraponto. 1.5-Caracterização, musica como um elemento dramático no filme. Música originalmente composta x utilização de músicas já existentes. 2-História: 2.1-Música nos filmes mudos. As grandes orquestras, sistemas alternativos. 2.2-Música nos primeiros anos do cinema falado. 2.3-O período 1935/1950. Música no film noir, musicais, westerns e neo-realismo italiano. 2.4-De 1950 em diante. Filmes épicos, ficção científica, Hitchcock, a outra música de “2001”. 2.5- Associações clássicas: Hermann x Hitchcock, Rota x Fellini, Sergio Leone x Moriconi, Spielberg x Williams, seriados de Tv e desenhos animados. 2.6- Música para televisão. Aberturas, vinhetas de passagem, novelas, utilização de canções como suporte comercial do produto e sua integração com a concepção geral do som do programa, música em filmes publicitários. 2.7- Direitos autorais, domínio público e uso de samples. Library music e formatos para a internet. 2.8- Trilhas sonoras para cinema e tv no Brasil – história, compositores de destaque e mercado de trabalho atual. 3- O mundo real: 3.1- A partir de trechos de filmes sem trilha sonora, construção musical ao vivo de trilhas em sincronismo com as imagens apresentadas.

O objetivo desta apresentação é mudar o mindset dos participantes, ampliando sua visão artística e questionando seus hábitos e abordagens no relacionamento com outros profissionais, artistas e obras.

Palestrante: Fernando Moura

Carioca, nascido em junho de 1959 sob o signo de gêmeos, começou seus estudos de piano aos 4 anos de idade com a professora Mercedes Cardoso, do Conservatório Brasileiro de Música onde seguiu seus estudos de música erudita até os 17 anos de idade quando já começava a compor e a sentir necessidade de ampliar seus horizontes musicais. Teve aulas de composição e arranjo com Guilherme Vaz, estética musical com Aylton Escobar e harmonia funcional com H.J Koellreuter. Aos 19 anos, começa a tocar profissionalmente em pecas de teatro (começou em “A menina e o vento” dirigida por Marilia Pera) e acompanhar cantores de discotéque enquanto começava a compor trilhas sonoras originais para teatro (“O despertar da primavera”) e comerciais de tv. Nos anos 80 e 90 acompanhou em shows e gravações como pianista, arranjador e começando a carreira de produtor, artistas de MPB como Moraes Moreira, Elba Ramalho, Marisa Monte, Zé Ramalho, Amelinha, Ednardo, Eduardo Dusek e muitos outros. Tocou com os estrangeiros Chuck Berry, Steve Hackett e com George Martin no Projeto Aquarius dedicado à música dos Beatles em 1993 de quem têve uma indicação para a estudar música para cinema, tv e multimidia na Grã Bretanha entre 1995 e 1997 em Edinburgo. De volta ao Brasil continuou sua carreira autoral artista de música instrumental e compositor trilhas sonoras para filmes, tv, espetáculos de teatro e instalações de artes plásticas. A partir de 1998 com a produção do CD Afrosick para Miyazawa Kazufumi, começa uma longa parceria com o mercado japonês que se estende até hoje com inúmeras participações como músico, arranjador, produtor em discos de artistas locais e até compositor como na canção “Primeira Saudade” do CD/DVD “Musick” de Miyazawa lançado em 2016 com uma tournee de 35 dias por todo o Japão. Quase quarenta anos de uma trajetória professional que inclui doze discos autorais, trilhas sonoras para mais de 25 longas entre os quais “Maré, nossa história de amor” premiado no 2008 no Festival de Havana e inúmeros programas e séries de tv em que assina a música original como os longevos Telecurso Segundo Grau e Casa Brasileira. Lançou em 2017 seu livro “Trilhas Sonoras: entre o mundo encantado e a vida real” pela Editora Música e Tecnologia e tem conduzido workshops sobre o assunto em universidades, cursos de música e centros culturais. Nesse ano de 2018 assistimos aos shows “BESOUROS” em duo com Carlos Malta sobre a música dos Beatles, temporadas em teatro de “No meio do nada” em que toca ao vivo com o ator Ricardo Blat indicado ao Premio Shell 2018, ao lançamento dos longas “Missão 115” e “Boca de Mamirauá” e a criação e produção da trilha sonora dos longas “Mangueira, dois tempos” dirigido por Ana Maria Magalhâes e “Natureza Morta” de Clarissa Ramalho.

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