Regras ABNT para Inteligibilidade e Alto-falantes

ABNT

Entre as principais palestras apresentas no último dia do AES Brasil Expo 2014, o painel “Normas de Inteligibilidade e de Alto-Falantes” contou com a participação dos profissionais dos comitês da ABNT responsáveis pela redação da norma. Ministrada por Joel Brito, José Giner e Walter Ullman, o espaço serviu também como debate para o público presente tirar as dúvidas sobre as ações normativas.

O tema de inteligibilidade foi o primeiro a ser abordado. Durante a apresentação, os palestrantes contaram que o trabalho de criação da norma está sendo realizado mediante tradução IEC 60268 que já é a normativa internacional ISO para sobre o tema. “Não estamos inventando uma regra exclusiva, como foi feito com o padrão brasileiro de tomadas. Estamos é trazendo para o Brasil o que já é usado no resto do mundo”, afirmou José Giner.

“Nossa motivação principal para este trabalho é a questão de que um som ruim em um show não mata ninguém, agora em um sistema de alarme pode até matar”, explicou Joel Brito. Segundo Brito uma das grandes vantagens da existência da norma é que ela dá uma escala mensurável e não subjetiva da qualidade do equipamento instalado. “Desta forma, não é uma pessoa que vai dizer se uma instalação está ou não boa o bastante, é uma medida feita por instrumentos”, completou Brito.

A questão abriu um debate entre os presentes sobre a condição de medição, quem estaria credenciado para fazer este aferimento e da aplicação da norma como lei. “Às vezes não é nem preciso lei. As próprias seguradoras tem clausulas contratuais para não pagar prêmios se os sistemas de prevenção e alarme de determinados locais não estiverem cumprindo normas técnicas”, finalizou Joel.

Para falar da norma de Alto-Falantes quem tomou a palavra foi Walter Ullman que explicou que para este trabalho a coisa é um pouco diferente. “Não estamos fazendo uma tradução, pois o que existe em termos de ISO traz mecanismos de medição muito complexos de serem atingidos”, afirmou. De acordo com Ullman, a missão é fazer um mix destes parâmetros com as recomendações da AES para aferimento de sistemas de alto-falante.

“Além de garantir mais qualidade técnica, com esta norma estaremos obrigando aqueles fabricantes que não possuem projeto de construção a seguirem regras e passarem a tratar o processo industrial mais seriamente”, explicou Ullman. Do outro lado, os fabricantes também ganham uma proteção em caso de reclamação de consumidores com relação à defeitos em equipamentos.

Publicado em 2014, Imprensa, Notícias Marcado com: