Realizada no terceiro dia de AES Brasil Expo, a sessão “Desmistificando a Masterização: Onde termina a mixagem e começa a master” abordou de forma bastante lúdica os principais conceitos da finalização de áudio para música. Ministrada por Jonathan Wyner, engenheiro de master e Diretor Educacional da Izotope, a palestra lotou o Auditório C com um público bastante diverso entre curiosos e profissionais do setor.
Wyner começou sua apresentação detalhando as definições de masterização e o que um engenheiro de master precisa conhecer. “Quem trabalha com mixagem ou gravação atenderá uma média de seis a oito projetos por ano, enquanto que quem masteriza trabalha com mais de 100. Isso significa que você não vai sempre operar com seu estilo de música favorito”, explicou o palestrante.
Para ilustrar a afirmação, Wyner tocou um medley de diversos trabalhos que ele esteve envolvido nos últimos anos que variavam do Jazz ao Heavy Metal Industrial. “Isso ilustra que você precisa ter um repertório de conhecimento musical muito grande, uma vez que precisa saber como soa um disco do estilo que está masterizando para que ele seja coeso com o que se espera dele”.
Em seguida o palestrante falou sobre as principais armadilhas e falhas do senso comum sobre o tema. Noções como “Mais alto é melhor” ou “mais agudo soa bem” foram combatidas por Wyner que defendeu que o engenheiro de master precisa ter acima de tudo, consciência das necessidades técnicas do formato a ser entregue e depois a estética musical obrigatória para o estilo.
A AES Brasil Expo acontece entre os dias 16 e 19 de Maio no Expo Center Norte em São Paulo e reúne mais de 40 palestras sobre áudio profissional, iluminação, novas tendências e produção musical. Além da convenção, o evento conta com um feira de tecnologia que reúne os principais fabricantes de sistemas para sonorização, iluminação, gravação, masterização, mixagem e instalações especiais.